sábado, 24 de maio de 2008

Quem irá nos salvar?

O acaso cai bem, ainda que envolto de um encontro bem planejado. Mas ninguém precisa saber do vigiar, do ciúmes, de tudo à distância. Esperar o destino trilhar seu caminho ou fazer o que tem de ser feito? Acreditar em todo o papo sobre "o que tem de ser, será", bem ao estilo filmes românticos utópicos? Nisso entraria uma vontade suprema que impulsionaria a mocinha para o mocinho, sem dúvidas nem dor, sem planejamentos ou planos mirabolantes. A segurança do universo conspirar a favor. Mas e se ele não conspirar? Carpe diam, carpe diam! Ou não, ou não. Claro que toda a vida é mais do que aparenta, porém tem faltado forças para cavar mais buracos e descobrir que, ainda assim, são rasos demais. Almas aguardam por socorro, ajuda de uma mão heróica que as tirem dos infernos diários! Ai, esses pequenos rebuliços da rotina, cuidado com os transtornos do coração. Durante a noite os telefones nunca tocam, os celulares não vibram com mensagens. Nem os corações vibram, o sono não vem, a mente fervilha. Os heróis andam tão machucados, tão cansados. Não querem ser jamais coitados. Precisam agora de um tanto do acaso, para dar coragem de novo, coragem de viver pelo próximo novamente. Quem por hoje colocaria sua pele em risco para salva-los? Quem aguarda silenciosamente por salvação.

Fernando Shigueo Nakandakare

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