segunda-feira, 12 de maio de 2008


Com açúcar e com afeto, fiz seu doce predileto Do que você tem medo, minha menina? Do escuro ou das trevas, do armário ou dos seus monstros? Não sei de nada, mas queria que me contasse. Não tenho interesses, é só curiosidade de saber o que de não perfeito tem nessa sua imagem ireal, de amigos eternos, tão modernos, atrevidos, de festas e risadas, noites de gargalhadas. E a solidão? Que nada. Você ainda se esconde, tem medo de não viver tudo que precisa até aparecer o amor da sua vida? Ah minha querida, o amor seria um passo a mais, não um para trás. Tem medo de entregar o coração, e em troca ser tratada pior que cão? Pois saiba só escolher, apesar do dedo podre, se seu interior for puro, porque não alguém incrível não pode aparecer? Você no fundo não consegue deixar de ser! Acredite um pouco mais, brinque um pouco menos com os próprios sentimentos. Não abandone o sonho de menina, ainda que inocente e singelo, era sincero e contente. Pode ainda passar o tempo, amor só rimar com dor, mas ainda vive aí dentro o coração que se quebrou, e qualquer desacreditar ainda é prova de amor. Sei bem que não quer algo apenas certo, que vale mais o tremer e gritar, fugir do normal, se agitar. Perder o controle e pular a janela, de perna mole e boca seca, correr a caminho da cerca que agora é tão pequena e nada bloqueia. Ser por si, e também por ti. Ser até gemer de prazer. Não transforme a alma em uma figura amargurada, disfarçada de moderna e concreta, que se basta em tentar por vez, mas não se apaixona em tempo lento e cortês. Tão madura e cheia de conteúdo, de corpo bonito e luxo em absurdo, por favor, ainda seja mais sensível que inteligente, não se deixe levar pelo lógico que desacredita. Ainda que muito pareça que é preciso ter, tente só ser, e o resto, basta crer. Pode ser confusa, sério, eu deixo. Mas seja sincera, comigo e com seus medos, e o resto, vai acontecer.

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